quarta-feira, 12 de julho de 2017

O Gato de Schrödinger e minha Interação Social


Me sinto à margem das interações sociais, distante de algo que gostaria de estar perto, mas meus traços de personalidade não condizem com essa possibilidade. E naquele fluxo intenso de perguntas e respostas, chego naquele lugar: nenhum.

Gosto de analisar dados. Entender como as coisas funcionam, o que levam elas a funcionarem. Porém, em determinado aspecto, minha análise parece sempre envolta em determinantes subjetivos que eu desconheço. E como proceder?

Esse texto parece não estar ficando claro. O que é mais estranho (ou cômico?) ainda. Queria expor aqui a minha impossibilidade de tomar atitudes em relação à interação social. E na tentativa de começar pelo sentimento, me perdi. (Ou foi na tentativa de fazer o outro entender? Oh!)

É sempre assim. Louvo aquela racionalidade por me propiciar momentos tão lúcidos, mas é só chegar os inebriantes sentimentos que ela de pouco serve - à mim, no caso. 

O Gato. 

O caso do gato é estar morto e estar vivo ao mesmo tempo - tal qual, talvez, seja meu ser (não) social. Acho que, profundamente, estou esperando a caixa ser aberta. Só que... Densamente, sei que ela está tão aberta, quanto fechada. 

E chega o silêncio do outro, me observando. Estava tão bom observar ele, antes de eu notar as breves respirações. Não, não olhe pra mim. Não olhe pra mim pois não saberei como reagir. Afinal, quando eu for falar com você, o gato estará vivo, ou estará morto? Eu estarei em você, ou você tentará estar em mim? 

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