sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A Rede do meu Destino

Assisti um daqueles filmes Nicholas Sparks. Tiveram breves sorrisos meus, até algumas lágrimas. Ah! Chorei quando o personagem mais velho contava uma história. E a história que ele contava era sobre a amada, sobre um sentimento compartilhado só com ela - desafiando o próprio tempo/espaço. Como é lindo, né? Como é lindo partilhar o intangível. Algo como memória envolta em códigos decifráveis apenas pra nós. Pra quaisquer outros seriam apenas.. Imagens.

Isso me faz pensar na essência da sensibilidade - do sentir, da estesia. Ando muito anestesiada. Ando muito solitária. Distante de sentimentos assim - enraigados no outro. Enraizados naquilo que é compartilhado. Ah! Quero compartilhar! Não necessariamente estar sempre junto, mas, quando estar.. Estar totalmente. No outro.

Aí fico saudosa... Por já ter saboreado momentos assim.

Tô ouvindo Paulinho da Viola. É ótimo. Começo com "Dança da Solidão", vou pra "Meu mundo hoje" e agora desemboquei em "Timoneiro".

"Não sou quem me navega... Quem me navega é o mar"

Tão eu, tão peixinho.

Sendo levada por uma correnteza que desconheço.

[Junho de 2018]

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Magicicada Tredecim

Como tornar-se observador para contemplar os ciclos mágicos do tempo?

Talvez seja a História uma aproximação possível da sensação. Um remoto entendimento acerca do sentido dos caminhos; da sequer existência deles, ou, até, dos padrões de labirintos sendo moldados através de algo tão perceptível! Quase tão nítido quanto uma brisa úmida antes da chuva. A intuição das coincidências: a meta-cognição do próprio trajeto no espaço-tempo...

As Linguagens têm se tornado decodificadoras  - minto, tenho notado o quanto me aproximo e me distancio do limiar da realidade. Tenho tentado descriptografar algumas lentes. Lentes que não parecem minhas e que estão em mim. "Que loucura!". A ironia é buscar a aproximação da dúvida, reconhecer algumas chaves e me incapacitar da capacidade de expressar.

E de tantos devaneios olhando pro universo... Para o tempo, para as pessoas, para a abstração, como podia se instalar em mim essa sensação de não entender minha própria condição (aqui dentro)?

Em qual ciclo estou eu?


Metamorphosis

Quando chega o momento de dizer adeus,
Não tenho palavras - eu me perco
em tudo o que guardei para mim.

O silêncio que compartilho com a saudade,
Arranca as memórias tão doces
que foram semeadas contigo aqui.

São as ervas daninhas aparecendo de novo.
Aquelas que não compartilho em nossos encontros.

Por que fujo?

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Almir Sater - 7 sinais