Às margens de mim pairou um silêncio.
Contabilizo nele espaços entre ponteiros;
Tento, repenso... Faço do tempo
um tempo de buscar ser.
Ser o que esqueci:
essência de mim.
Se não é o barulho que me inunda,
nem ruídos, nem gritos;
me torno pausa.
A sensação de eco era como tocar na água,
sentindo tudo que ela é capaz de tocar em mim.
Sonoridade beijando minha pele,
a maciez do limo entre rochas,
plenos de sutilidade tão breves..
Mantinham a cor de cada passo.
Eu que me afogo em silêncios,
logo Eu,
peixe de tantos mares,
fico aflita de sentir a prisão da eterna sensação
de afogar-me em mim?
Se o que me mantém na beira
é a cegueira que construí
destituí de mim o tom
que inicia toda a sinfonia.
Agonia (melancolia fictícia sustentando os demônios que corroem o meu Ser)
Nenhum comentário:
Postar um comentário