sábado, 25 de novembro de 2017

Desaguando em Newén e Reciprocidade


Há algumas semanas tenho sido rondada por raciocínios que parecem chegar na mesma foz: hahahha (olha eu usando metáforas geográficas) "afluentes que têm desaguado num oceano que desconheço". É como se eu pudesse perceber a direção do fluxo sem conseguir discernir o destino exato.

Hoje de manhã tive a experiência fantástica de me deleitar na pesquisa. Entre Walter Benjamin, estética musical e ato criativo, cheguei nos Mapuche. Já havia ouvido falar deles no meu primeiro semestre da faculdade, por um professor de metodologia de ensino em Geografia. Lembrei dele, lembrei da aula, lembrei do exemplo do tambor Mapuche. E, ah! Como é incrível sentir prazer em pesquisar algo. 

Ouvi Calle 13. Conheci o Walter Burle Max, compositor brasileiro (por conta de um artigo científico, olha só!) e senti saudade do Villa Lobos. Na verdade nunca parei de fato pra ouvir - até hoje. Se quiser, ouça também: os 5 prelúdios de 1940 (tocado pelo José Antônio Escobar). Não sei se prefiro.. a tensão do primeiro prelúdio pra semi-euforia do segundo, ou clima mais primaveril do quinto prelúdio. Mas é por aí!

A sensação de segurança... Hãm, certeza? Certeza talvez seja a palavra. A sensação de certeza de estar fazendo o que eu queria trouxe sentimentos incríveis. Nem vou me propor a descrevê-los com rigor. Finalmente escrevi algo. Ah! 

Tem escritas soltas por papéis no meu quarto. Tem palavras-chave de muitos raciocínios complementares que vão surgindo... E dialogando entre si. Tem pessoas emergindo no meu cotidiano que estão integrando mais ainda tudo isso. Tem muitos momentos - solitários ou coletivos - completando sentimentos, percepções, ideias [...] A vida têm acontecido. E eu estou acompanhando na medida do possível. Talvez em breve eu consiga transpor nas possibilidades da linguagem essa foz misteriosa. 

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