Véu do dia, do Sagaranna, é encantador.
Quando os olhos do presente
Fitam os olhos do passado
Tudo volta novamente
Tudo envolta fica errado
Que a lembrança muitas vezes
Seja lá de quantos meses
Traz consigo um inimigo
Se o futuro é mau destino
O passado é traço fino
Do presente mais antigo
Entre vídeos do Greg News sobre Mudança Climática e dicas de nutrição da Vanessa Blaad acontecem algumas reviravoltas em mim. Como lidar com as inquietudes que vêm lá do futuro, com os hábitos daninhos às vezes tão difíceis de perceber... Com as responsabilidades sociais e com as responsabilidades pessoais ao mesmo tempo?
Vi um post no Facebook, naquele modelo provocativo de texto breve, tentando explicar a depressão dos jovens atualmente. Dentre o desemprego, a falta de sentido da vida e as violências de cada dia me chamou atenção a (já comumente referida) "liquidez" de tudo. Note meu cuidado pra não entrar com o termo "real".
É um "tudo" sobre "tudo" que consome o tempo. O espaço, nas suas angustiantes rugosidades, acumula a tristeza do sentido perdido. Começo a ver o vazio eterno entre esses espaços infinitos nas esquinas, nos olhares, nos passos apressados e na lua que contemplo sozinha a cada vez que saio de casa.
É um caos na cabeça. Começo a perceber padrões, novamente, e não consigo decifrá-los nessa frágil expressão linguística... Talvez a narrativa realmente (e olha aqui, o real) seja uma ponte para acessarmos o místico interior e o inefável real exterior - simultaneamente (se é que em algum momento foi separável).
Entre os dois infinitos, a curiosa criação dessa essência... Personne, do Pascal.
O nada e o silêncio. Ah! Que crise!
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