segunda-feira, 26 de julho de 2021

Confissões

 Percebi que queria uma atenção incondicional. Aquilo de me fazer de vítima... Puro egocentrismo. Como se minha fragilidade emocional - essa suceptibilidade que começa no próprio orgulho - fosse problema de outros. A falta de vontade já não é tão fácil de submeter a alguém exceto eu mesma, e, ainda assim, consigo afastar de mim as reponsabilidades e fingir que eu não tenho culpa.

Tem umas coisas de sabedoria do "sagrado feminino" que já li por aí e que falam sobre essa tensão ser momento de introspecção. Uma introspecção específica de contato com os demônios internos. Fazia tanto tempo que não sentia tudo isso tão intensamente... Essas coisas cresceram dentro de mim. Cresceram muito. E essas atitudes impulsivas traem minhas vontades, aspirações, planos... Traem meus objetivos de auto-conhecimento.

E por que tanta traição?

Não adianta ficar justificando (seja pra mim, seja pra outros) as razões todas do porque me encontro como me encontro. Se bem que... Até disso tenho tido preguiça..

Antes tinha um demônio (alimentado durante anos) que me consumia: era principalmente uma autocrítica tóxica, que me forçava a encaminhar coisas, independente de fatores físicos ou emocionais do momento. Adoeci por causa disso. Decidida a não cavar a mesma cova, comecei outra, na desculpa de estar "respeitando" mais o meu espaço.

Nada de respeito tem nisso tudo.

Nos últimos dias tem passado pela minha cabeça os detalhes que poderiam mudar meu dia, e - diferente de váaarios pensamentos que tenho me envolvido - não alimento esses instantes de lucidez.

Muito café, muito tempo na cama, muito LOL.

Fugas...

Sair do ritmo é tão fácil, tão rápido. Ontem fiquei frustrada porque não conseguia tocar o que queria no piano. Mas como poderia tudo fluir do jeito que eu quero se eu não tenho uma prática diária?

No meio de toda aquela cobrança tóxica tinha esse desfecho meio positivo... Eu concluía coisas. A sensação de conclusão era gostosa. Será que consigo ser encaminhativa assim sem ser má comigo mesma? 

Algumas conquistas desse último semestre valem ser relembradas também, porque nem só de derrotas tenho me constituído: tomei decisões estruturais que realmente queria; mantive hábitos (principalmente físicos) que me fizeram muito bem; comecei o caminho da minha reorganização. Vários inícios, por enquanto. E bem sei como essa fase pode ser... oscilante, desafiante. Precisa de várias quantidades de, hm, perseverança que diz? Constância. Propósito, como diria o Marcus. E será que eu tenho isso bem claro pra mim mesma?

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