terça-feira, 6 de julho de 2021

Indigestão

Escorrego corredor à dentro...
Lamento, querendo encontrar - novamente
Aquele momento de epifania.

Mas é como uma ironia, confusa,
Porque o medo me consome
antes dela chegar.

Me nego à fluidez dos dias
Me entregando aos vícios dessas fugas...
Apesar de lembrar que me condicionei à isso porque quis 

É sinuoso, por que, em partes
Tem detalhes que parecem respostas
À pedidos que faço antes de dormir.

E se quem pediu não entendia,
E agora fecham-se as portas
Pra caminhos que eu sempre quis seguir?

Tem uma covardia,
Que escondo atrás de "empatia",
E é ótima a justificativa
De que faço porque amo.

Mas que amor é esse,
Se escondo o quanto sofro,
Pra evitar o desconforto
De admitir o que não quero?

É que talvez... se esconder o suficiente, até de mim mesma, o enredo se desfaça e os eventos fluam praquele clímax gostoso. (Como é fácil se enganar).

Logo chega a hora de fazer o necessário. Logo chega a hora irremediável, o labirinto me levando praquele desfecho desconfortável...

Minto. Eu chegando nas encruzilhadas a partir de caminhos que eu própria trilhei. Como pesam as decisões... as escolhas... Ah. Que frio na barriga. Tempo de mudanças que diz, né?

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