terça-feira, 3 de agosto de 2021

Ciência

Ah, como é gostoso ler Rubem Alves. As narrativas cotidianas transformam as linhas de raciocínio em momentos tão... digeríveis. Apesar de qualquer complexidade tudo ali parece ser compreensível. Me faz pensar sobre linguagem, comunicação, experiência, memória. Ahh tudo se interligando numa velocidade que a escrita não acompanha. Que eu ainda não acompanho.

Algo sobre... sonhos. São produtos de vivências e experiências assimiladas enquanto acordados, misturadas a n fatores da própria subjetividade. Incluem códigos, interpretações, sentimentos. Sem serem objetos de análise contínua podem ser comumente esquecidos: sem maiores significações pelo sonhador. Mas não é por que não se lembra e nem por que não entende que o sonho não esteja lá, e que não seja porta de entrada pra milhares de perspectivas sobre si mesmo.

Assim é o conhecimento: um algo construído a partir do que se vive, codificado entre as subjetividades e as linguagens humanas. Metamorfosiamos a experiência em cadeias de pensamentos, codificados os raciocínios tentamos colocar pra fora, de forma que outro alguém possa entender. Refutar, complementar...

E é um caminho tortuso: assimilar, transformar, codificar, comunicar... tanto se perde nisso tudo, tanto se constrói... Ah. A mente humana, a memória, o tempo

Não seria a endeusificação da ciência uma busca por "fortes", por bases sólidas que nos orientem no meio de tanta confusão? Confusão, primariamente, mental. Confusão que começa na dúvida da existência - seja das coisas, seja de si... papel já tão exercido pelas religioes mundo afora...  Uma busca coletiva por conhecimento que desemboca na subjetividade... Não sei. Difícil acompanhar esse fluxo de ideias

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