Tem uma tristeza que anda me consumindo
Talvez várias
Algo que remonta a contiguidade de (re)vidas
Algo sobre oroboros
Um tipo de repetição que abrem feridas antigas, não sei bem de quando
Por quê?
.
Achei que o tempo iria
Passar...
Mas essas ondas
Deixaram tudo torto demais
Não entendo mais quando, nem se, nem onde
Essa malha toda que me envolve a ti
É confuso
É doloroso
O silêncio eterno desses espaços infinitos entre nós me faz chorar
De novo.
E não é você que tece a teia, nem eu
É um tipo de ironia nessa repetição, e nem tenho como falar com você. Como teria?
Abraçar pode ser bom, você pensa
Mas essa condição me machuca
Você continuaria com isso
Sabendo o quanto me faz chorar?
É tudo uma ilusão? Ou suas palavras eram sinceras? Será que que essa vontade de amar não é uma simples fuga conjunta, que sincronizamos por que sempre fomos bons nisso?
Sincroniza comigo agora, me decifra
Ao menos uma vez
Deixa eu chegar mais perto,
Ou...
Me deixa ir
Pelo meu bem, pelo nosso bem
E por que no fim só faz sentido a imagem que eu realizo meus desejos? Desejos iguais aos teus, desejos junto a ti? Por quê? Queria que você pudesse entrar aqui pra falar comigo. Queria tanto...
.
Se saber que auto conhecimento é a chave resolvesse tudo... Os problemas estão todos na minha cabeça, mesmo. Esses labirintos parecem aumentar esporadicamente. É aquilo do Jardim né? Precisa de cuidados diários. De delicadeza, de atenção, de amor. Não tenho cuidado do meu jardim - e quero que ele esteja harmonioso e fluido como outrora já vi. Resplandecendo com o ar primaveril da essência que está transcendendo. Ah.. A consciência. Tão perto, tão longe. Eu quero você. Mas ao mesmo tempo que quero, me posiciono longe. Escolhas me trouxeram até aqui, duvido da maior parte delas, mas o que mais gostaria de saber é: o que devo escolher agora? Nesse instante? Como estar perto de ti?
.
É algum tipo de conexão. É mágico. Eu adoro. E tô com saudades.
Epifanias, desenhos, encontros.
Parece que faz tanto tempo...
E se repete. Será que além dos vazios e dos marasmos, as transcendências vão se repetir também?
O fluxo... Ah. Que saudade...
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