O trabalho é interno
E jamais individual(ista)
Os momentos que surgem faíscas de transcendência são bem mais numerosos quando compartilhados. Foram mais intensos também. Algo como... "te encontro nesse ponto aqui, ao meu lado, nesse momentâneo frame de existência, e contigo senti minha percepção da realidade mudar"
Partilhar a existência. Na felicidade e na tristeza, na saúde e na doença... E será que sempre sei quando partilho ou não? Será que controlo o quando absorvo ou não?
É paradoxal, porque, ainda que sejamos um todo - eu, você, o meio - somos partes únicas inteiras. E essa sensação de transcendência só acontece quando junto do todo, quando em contato com um intangível que vai muito além de mim - mas que só sinto dentro. Sei que está no outro por olhares, palavras, gestos. Mas, ainda assim, é de uma abstração e subjetividade tão densos que não respondem a unicidade da existência. Não respondem esse contraponto entre eu ser um todo e você ser um todo mas sermos, juntos, um só.
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