terça-feira, 2 de março de 2021

Estasia

Aquela respiração profunda que me faz voltar pra cá. A imensidão poética ainda me habita? Ou sou eu que de repente tenho vislumbres dela - num lugar que não é eu, mas é quem sou?

Bom.

Tenho tido sorrisos espontâneos (frase essa que contém uma infinidade de acontecimentos e sentimentos que poucos terão conhecimento), tenho sonhado com tempos futuros muito mais do que os passados. E veja: esse é um salto qualitativo importante pra mim. Pra minha percepção de auto-aceitação.

Sim, sim... O ideal seria viver o presente. O aqui e o agora. Eu sonho com o ideal também. Ah! Sonho tanto! E quero justificar esse momento: me alimento das possibilidades futuras para acumular forças para viver o presente. Sim, talvez seja uma desculpa. Eis aí a força que reside no sonhar: recarregar a força de vontade. Tudo vem do querer no final (ao menos é o que parece...).

Quero continuar desenhando, quero estudar, alongar e me exercitar todos os dias. Quero me saciar com os melhores alimentos; quero me alimentar dos pensamentos mais tranquilos e objetivos (sim, objetivos...) possíveis. Ouvir música, dançar, tocar piano, violão, ou o que tiver... Quero estar junto de quem amo, quero conquistar autonomia financeira. É gostoso querer... Pode parecer bobo isso (sinto que todas minhas últimas escritas são desconexas e bobas, frágeis tentativas de de reconexão), porém diante da carência de querer que já experimentei esse sonhar todo me enche de alegria. De ânimo, de esperança.

Não sou eu quem me navega...

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