De um lado, as maravilhas de um mundo seguro e tradicional. Do outro, a conexão transcendental que tornava tudo mais... cheio de propósito. Energia... Sentido. "O que você quer é diferente do que você precisa". Mas e se estou tentando ir atrás do que acho que preciso, e desistindo daquilo que profundamente quero? Como distinguir?
Qual o custo de ignorar uma punção dessas? Quais seriam as consequências em segui-la? Por que, por que eu sinto isso tão forte em mim??
Existem, claro, todo um conjunto de fatores contextuais que levam a isso. Lista-los mentalmente não é difícil. E há quem diga que isso responderia grande parte dos porquês. Mas o sentimento a qual me refiro permanece em aberto... Algo como "tenho, preciso" fazer algo. Uma sensação de missão. Um pressentimento de algo mais - de uma conexão que ultrapassa quaisquer outras experiências que tive. Algo especial... Profundo. Necessário. Será?
Será que isso não é uma ilusão?
Será que isso é uma auto-sabotagem?
Será que isso é uma provação?
Meus pensamentos não têm mentido sobre minhas vontades, desejos. Mente ou coração?
A verdade é que eu sinto mais medo do que culpa. Medo de magoar, medo de perder, medo de ficar sozinha.
É verdade que, no meio desse ambiente seguro, há, ainda, muito sofrimento. Muitos nós. Coisas que... Talvez... Nunca mudem. Será que estou escolhendo qual o motivo das minhas lágrimas? Porque... Talvez esteja escolhendo a mais recorrente - e menos dolorosa -, dor.
Não escolho, então, pelo êxtase - pela realização, pela sensação aqui-agora, preenchimento, sentido transcendental. Escolho o caminho certo, tangível, em que eu sofro mais vezes porém com menos intensidade. Menor intensidade... É.
Por que eu sinto que já fiz isso antes?
É um labirinto.
Não sei se estou indo para um beco sem saída ou se o caminho leva aonde eu devo chegar...
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